Vietnam por terra III - Do Vietnam ao Laos!

Terminada nossa inesquecível aventura pela volta de Hà Giang, é hora de tocar o barco. Literalmente! Nosso visto no Vietnam está quase acabando, e nos poucos dias que nos restam resolvemos conhecer Sa Pa e seus arredores, no Noroeste do país, antes de finalmente tocarmos por terra e rio em direção a Luang Prabang, a capital do Laos!

De Hà Giang a Sa Pa

Pegamos um ônibus em Hà Giang em direção a Sa Pa. Estradas em condições tipicamente vietnamitas requerem tempo e paciência, muita paciência. São mais de 6 horas de apertamento para vencer os pouco mais de 240km que separam as duas cidades. Sabíamos que Sa Pa seria uma área muito mais turística comparada com as vilazinhas de Hà Giang, mas queríamos ver as famosas plantações terraçadas de arroz da região e com sorte, as tradicionais plantações de maconha que fornecem fibra para fazer as várias vestimentas dos locais.

Haja resistência mental! Na foto abaixo a galera está sorrindo porque rir é a única forma de encarar as cãimbras e formigamentos na bunda e nas pernas por viajarmos tantas horas apertados com as pernas expremidas. O segredo é encarar com humor quando o vizinho encosta do seu ombro e cai no sono, e saber alternar o lado da bunda que se apoia no banco. Depois de algumas horas o corpo se entrega e desiste de reclamar. Para apimentar, embaixo do banco do Mum colocaram uma motocicleta, o que o impossibilitava de esticar as pernas ou colocar os pés no chão. Inesquecível :-)


Sa Pa, os Alpes vietnamitas

Sa Pa fica nas montanhas  Hoàng Liên Son, no Noroeste do Vietnam. É um ponto de partida muito popular para uma série de caminhadas ao redor do vale que abriga várias vilazinhas tradicionais ocupadas por diferentes etnias como os Hmong, os Tay e os Dao. A cidade é famosa pelo belíssimo visual das infinitas plantações de arroz que se espalham pelo vale Muon Hoa, que só são possíveis graças aos diversos terraços esculpidos com precisão milimétrica em suas encostas.

O clima, a geografia e o estúpido número de turistas para todos os lados deu a Sa Pa a fama de os "Alpes do Vietnam". Os sinais de progresso são intoxicantes, da incrível ocupação por grandes hotéis, até a incessante perseguição dos nativos pedindo dinheiro ou insistindo incansavelmente para que você compre alguma coisa deles. Diferentemente de Hà Giang, aqui nós não somos novidades, ninguém tem curiosidade em nos conhecer ou tirar fotos conosco. No geral, as únicas coisas que querem da gente é nosso dinheiro, e é preciso aceitar e saber levar.

Nesta região que sobrevive ferozmente do turismo, é inevitável que turistas paguem um pouco mais caro em tudo. Já entendemos isso nesse ponto da viagem! Só fique atento para não acabar sendo ripped off too badly. É uma cultura de turismo um pouco injusta, que acaba causando um senso de normalidade aos locais, de que superfaturar os turistas é aceitável e justo. Devido a simplicidade em que vive todo o país, acontece que essa super faturação nunca ajuda a quem mais precisa, como em todo lugar do mundo.

Temos uma amiga viajante que disse que a coisa já estava tão absurda que dependendo de onde ela tentava estacionar a moto, vinha alguém tentando cobrar o estacionamento! Num país onde moto leva até 5 pessoas, porco, caixas, flores, e todo mundo pára em qualquer lugar, e estaciona em qualquer lugar, como é que alguém pode querer te cobrar para parar? Algumas situações que ouvimos foram bem fora do comum, portanto sempre se informe nos hostéis e com outros viajantes do tipo de cobranças que podem surgir. Cabe a você resolver escolher qual "briga" comprar, e quando pagar ou não. Quanto mais clara a cor da pele e dos olhos, maiores as suas chances de ser sobretaxado...

Entrega de bacon à domicílio como você nunca viu!

Entrega de bacon à domicílio como você nunca viu!

 

Um eterno fog

As condições climáticas de Sa Pa, especialmente nessa época do ano, fazem com que por muitos dias a cidade fique literalmente entre as nuvens. Quando chegamos, ao final do dia, a visibilidade era de apenas alguns poucos metros. O mais curioso é que nas partes mais altas da cidade isso não acontece. A impressão é de se estar entrando e saindo de universos totalmente diferentes.

A localização de Sa Pa favorece a presença de persistentes fogs que tendem a encobrir a cidade ou curiosamente partes dela por dias à fio

A localização de Sa Pa favorece a presença de persistentes fogs que tendem a encobrir a cidade ou curiosamente partes dela por dias à fio

 

Mercado de Sa Pa (Sa Pa Market)

As maiores atrações de Sa Pa são definitivamente as caminhadas pelo vale, mas a cidade também oferece algumas coisas interessantes para fazer, em particular o Mercado Sa Pa, onde diversas etnias vendem todo tipo de roupas, ornamentos e penduricalhos, e o Lago Sa Pa, que em dias de sol convida agente a sentar para tomar algo quente, em um dos vários cafés espalhados ao seu redor.

As diversas barracas do mercado são 99% das vezes comandadas por mulheres, que passam boa parte do dia bordando e cercando os turistas com propostas e descontos. A qualidade, o material e o estilo das roupas variam de acordo com a etnia que as produz.

Em Sa Pa, como no resto do Vietnam, barganhar é lei. Para tudo!!! Pergunte preços antes de comprar qualquer item - de café a uma saia. A não ser que tenha etiqueta no produto (supermercado) ou cardápio de comida com preço (restaurante) sempre dá pra negociar. Vá com o sorriso no rosto, já que uma piadinha acaba quebrando os vietnamitas e você acaba conseguindo um acordo melhor... Escrevemos um post muito legal com altas dicas de como barganhar em um país estrangeiro, vale a pena conferir!

Os Hmong usam tradicionalmente o índigo para tingir as roupas, o que faz com que eles fiquem com as mãos manchadas de azul por conta do processo. Ah! Vale a dica! Se você comprar essas roupas, não esqueça de antes de sair por aí colocá-las de molho com água e sal, para retirar o excesso de tinta, ou você pode acabar ficando por dias com a cor do Avatar!

 

Lago Sa PA (Sa Pa Lake)

 

Arredores de Sa Pa

Existem diversas vilas e oportunidades de trekkins ao redor de Sa Pa. Normalmente os turistas optam por pagar uma das várias índias que te param na rua oferecendo pacotes de dois a três dias, que incluem caminhadas e a oportunidade de ficar na casa deles, com comida inclusa. As habitações são normalmente bem simples e permitem conhecer de perto o estilo de vida dos habitantes. Vale ressaltar porém, que apesar de rústica esses locais são já bastante ocidentalizados e falam muito bom inglês, então gerencie suas expectativas em termos de quanto "nativo" são os nativos e suas casas, no geral é tudo bem moderno, com panqueca de banana no café da manhã...

No nosso caso, queríamos evitar isso à todo custo e tentar conhecer os nativos "verdadeiros", aqueles que não falam inglês, e muitas vezes sequer vietnamita, apenas dialetos locais. Tínhamos pouco tempo e resolvemos sair de Sa Pa o mais rápido possível em busca de uma vilazinha afastada, e o menos turística possível.

Alugamos uma moto e saímos com comida suficiente para 1 noite. Sem lenço e sem documento, decidimos que na pior das hipóteses dormiríamos em um canto qualquer, debaixo das estrelas, e foi nessa vibe que encontramos Seo My Ty, uma vilazinha que não aparecia sequer em nosso GPS, nem no Maps.Me, nem em lugar algum!

Cair em Seo My Ty foi uma mistura de sorte e perseverança, guiando por horas na pior e mais íngreme estrada de toda a nossa viagem. Várias vezes eu tive que sair da garupa da moto pro Mu conseguir contornar as pedras do caminho. Infelizmente as casas lá não tem nem endereço, o que dificulta conseguirmos enviar as fotos que tiramos da nossa noite inesquecível que passamos com uma família local. Em breve vamos escrever um post inteirinho sobre essa noite maravilhosa!

No dia seguinte tivemos que encarar a estrada ladeira abaixo, de volta a nublada cidade de Sa Pa devolver a moto, pegar nossas tralhas e seguir direto para a estação pegar o ônibus para o Laos, porque nosso visto no Vietnam expirava no dia seguinte!


Laos aí vamos nós!

Cruzar do Vietnam para o Laos por terra pode ser uma longa e intricada operação, mas com certeza é uma experiência pra vida toda. Ao longo da fronteira entre o Laos e o Vietnam existem alguns pontos pré-definidos de imigração que permite que você carimbe seu passaporte com a saída do Vietnam, cruze a fronteira e logo na sequência pague o visto para o Laos. Você não pode simplesmente pegar qualquer estrada e aparecer no Laos, é preciso passar pelos lugares corretos para carimbar seu passaporte com a saída do Vietnam, e pagar o visto para o Laos.

Todos os ônibus que fazem esses diferentes roteiros já são instruídos a parar no checkpoint da saída do Vietnam e no checkpoint da entrada no Laos, então você não precisa esquentar muito a cabeça porque em algum momento o motorista toca os gringos pra fora em direção a fila da aduana!
 

Sa Pa À LUANG PRABANG

Existem diferentes opções para chegar de Sa Pa até Luang Prabang, e todas envolvem um considerável número de horas em ônibus desconfortáveis e até barcos! Entre conhecer o famoso rio Nam Ou, um dos mais importantes do Laos, ou ficar 16 horas sentado em um ônibus horrível de Dien Bien Phu até Luang Prabang, nós optamos a opção aquática que parecia mais cênica e aventureira.

O mapa da mina! Uma breve explicação da possível rota para chegar de Sa Pa a Luang Prabang, capital do Laos.

O mapa da mina! Uma breve explicação da possível rota para chegar de Sa Pa a Luang Prabang, capital do Laos.


1. Sa Pa a Muang Khua

O trecho de ônibus de Sa Pa para Muang Khua no Laos pode ser comprado em Sa Pa, ao lado do Cho Market, perto do centro da cidade. Existem diversas empresas que vendem bilhetes para o mesmo ônibus, mas os preços podem variar em até US$6, então pesquise e barganhe antes de sair pagando. Tudo bem, você deve estar pensando que US$6 dólares não parece muito, mas x2 são US$12, em um lugar onde as diárias para dormir em hostels saem por volta de US$4 para 2! Esse dinheiro é valioso e pode pagar até 3 noites de estadia por aqui, portanto é sim muito dinheiro de qualquer maneira.

É muito cansativo ter de negociar tudo, de transporte a alimentação. Tem hora que o tungo que a gente toma só se revela quando o ônibus chega com o preço até 50% mais barato colado na porta (e aí quando você vê os locais pagando a quantia certa do aviso pode dar aquele sentimento de frustração) por isso, saiba que você não precisa reservar nada com antecedência se você estiver viajando com tempo. Quanto menos intermediários no negócio, melhor!

Em Sa Pa os guichês de venda de passagens não são regulamentados e sobrefaturam os turistas, algo que não acontece em Hà Giang por exemplo, onde existe um único guichê de venda de passagens dentro da rodoviária, portanto pesquise bastante e fique atento para não ser roubado na compra! Eu recomendo comprar os tickets com antecedência porque se você deixar pra comprar com o motorista, pode encontrar o ônibus lotado e ter que esperar o próximo, só no dia seguinte!

Pegamos um ônibus leito de Sa Pa até Dien Bein Phu, perto da fronteira. São 9 horas de descidas intermináveis e sinuosas, e o preço não deve ser mais do que 215.000 dong, cerca de US$12,50.

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Em Dien Bein Phu trocamos de ônibus, dessa vez para um menor e mais apertado, em direção Muang Khua, no Laos, mas antes o motorista para em Tay Trang, na fronteira, ainda dentro do Vietnam, oe pede para todos descerem e irem até o prédio da imigração carimbar os passaportes indicando a saída do país.


Dica: Algo curioso foi que ainda no prédio os fiscais vietnamitas queriam nos convencer a comprar kip, o dinheiro do Laos, por uma cotação muito ruim, explicando que uma vez no Laos, se não tivéssemos a moeda corrente, não conseguiríamos pagar o visto. Felizmente estávamos alertas e ignoramos essa conversa mole, o último golpe vietnamita quem riu por último fomos nós! No checkpoint de imigração do Laos você consegue pagar e trocar dólares por kip sem problema.

Voltamos pro ônibus, andamos mais alguns minutos e descemos novamente na aduana do Laos para pagar o visto de entrada.

Passar pela imigração laolense é uma experiência em si. Eles vão tentar te cobrar infinitas taxas, até para checar a temperatura e garantir que você está em "bom estado de saúde". Incrível!

Voltamos pro ônibus, mais 4 horas de estradas sinuosas por entre uma mata deslumbrante para finalmente chegar em Muang Khua, onde pegaríamos o barco até Luan Prabang.

De Dien Bien Phu a Muang Khua são cerca de 6 horas de ônibus, o bilhete custa cerca de 115.000 dong ou US $6. A estrada é super curvilínea. Meu Deus😂!!! O motorista mete o pau e a galera que se segure. Por incrível que pareça os locais nem balançam... 😂 Se você sofre de enjôo nessas situações tome um dramin!


2. Muang Khua

Chegamos em Muang Khua um pouco depois das 10 da manhã, apenas para descobrir que o barco em direção a Luang Prabang, que sai apenas uma vez por semana, as 9h30, já havia partido e precisaríamos passar o dia na cidade. Considerando o quão moídos estávamos e a beleza do lugar, não era assim uma má idéia.

Muang Khua é uma sonolenta cidade em meio a mata laolense com um belíssimo rio e uma impressionanteponte pênsil. A cidade também é ponto de partida para alguns trekkings menos conhecidos onde guias locais oferecem pacotes de vários dias pela mata onde tem-se a oportunidade de conhecer as etnias locais que moram pelo vale.

Os habitantes são curiosos e tímidos mas os mais jovens nos param constantemente na rua para praticar inglês, sempre muito sorridentes e receptivos. Fora mato e caminhada as outras únicas atrações são a cerveja e a comida local, ambas maravilhosas surpresas.


A comida laolense vale um post em si, mas entre as coisas que provamos eu recomendo seriamente o khao niaw (arroz grudento, bem diferente do arroz chinês que comemos no Brasil), o tam mak houng (uma maravilhosa salada apimentada de mamão verde) e o larb de frango, que é essencialmente uma salada feita com frango moído! Você não pode vir ao Laos e não comer tudo isso com uma geladíssima Beerlao pra acompanhar!


3. Muang Khua à Luang Prabang

Acordamos cedo e animados para pegar o barco na esperança de chegarmos a Luang Prabang ainda no mesmo dia. Tudo é muito simples e organizado, na beira do rio nós e mais um monte de gringos esperamos um pequeno guichê abrir onde compramos as passagens e aí é só esperar a voadeira.

Não deu pra deixar de ficar impressionante com o esgoto a céu aberto em Muang Khuan, que polui o mesmo rio que alimenta uma boa parte da população local...

Viajar no Laos exige tempo e paciência, as coisas simplesmente não acontecem assim no nosso passo... O vendedor dos bilhetes dos deu a triste notícia de que não é mais possível ir direto de Muang Khua até Luang Prabang pelo rio! O governo chinês está "ajudando" o Laos com a construção de enormes hidroelétricas que estão alagando, poluindo e bloqueando diversos braços do rio Nam Ou.

Assim como nos primeiros 50 km de distância da cidade de Hà Giang no Vietnam, descendo de barco e ônibus pelo Laos ficamos desesperançosos quanto ao futuro próximo da população local que é ameaçada por mega hidrelétricas chinesas. Esse tal de "progresso" não apenas muda a rota do viajante, mas ameaça um estilo de vida milenar, que dificilmente irá manter-se.

Atualmente pode-se descer até no máximo Nong Khiaw, onde então é preciso pegar um último ônibus até Luang Prabang. Do jeito que as coisas vão, em um futuro breve até esse trecho do rio deixará de existir e a única opção será por estradas... Muito triste.

Entre a cidade e mega construções, encontramos um rio belíssimo, de margens densamente florestadas. A cada tanto passávamos por plantações e casas isoladas no meio da mata, acessíveis apenas por barco.


De Muang Khua a Nong Khiaw são 5 horas de viagem de barquinho, e a passagem custa 120.000 kip por pessoa, cerca de US$ 12. O bote também para antes na vilazinha de Muang Ngoi onde vários viajantes desceram. Nesta área de comunidade ribeirinha, tem vários trekkings, cachoeiras e cavernas, e dá para perder vários dias ficando nos bungalows ou hostéis super lindos à beira do rio. Se você está procurando por um super descanso há também a opção de resorts mais "luxuosos". Ao contrário do Vietnam, todo mundo falava inglês no Laos, então é uma viagem mais confortável já que você consegue fazer as suas necessidades comunicadas!


No nosso barco tinha um pouco de tudo! Professores, médicos, juízes, músicos, donos de agência de turismo, crianças e viajantes como nós. As nacionalidades eram inúmeras, mas principalmente europeus.

Como todo mundo encara a viagem estilo Vietnam-Lao (bem expremidinho), a galera acaba se entrosando e dividindo experiências. Fizemos até uma amiguinha nova, a Amelia, irmã da Olívia. O casal de alemães pais das meninas, tiraram um sabático de Agosto de 2016 a Março de 2017 e estão pela estrada com as duas, morrendo de pena que a viagem acabe. Eles já passaram por vários países por onde queremos chegar até o fim dessa viagem... Lembramos das nossas bonecas que tanto amamos, principalmente da nossa afilhada Lalinha. Não precisa nem explicar o porquê, né?

 

4. Nong Khiaw a Luang Prabang

Chegamos em Nong Khiaw no meio da tarde, sob um calor e humidade infernal. A cidade, ou melhor, a vila, é também um famoso ponto de caminhadas com belíssimas montanhas e cachoeiras que podem entreter o viajante aventureiro por dias à fio.

Sem saber a exata distância do "porto" até a "estação de ônibus", andamos cerca de 45 minutos ultra carregados, suando como porcos, mas pelo menos dessa vez demos sorte e conseguimos pegar o último ônibus para Luang Prabang!

Todas as casas de câmbio do lugar estavam fechadas e claro que ali cartão de crédito é algo que ninguém nem entende... Barganhamos e gastavam nossos últimos kip comprando uma garrafa d´água e um pacote de banana chips, que deveriam aguentar às próximas 4h de viagem.


As casas de madeira já se misturam um pouco com as de alvenaria, e as vestimentas típicas tradicionais já se misturam com as de modelo bem Ocidental. A "única beleza" na beira destas estradas - por terra - são os painéis super coloridos da Powerchina, bem acabados e pintados, brilhando novinhos e destoando de todo o resto. O restante da beira da estrada é tomado pelo cinza das casinhas mistas de bambu na parte de cima e alvenaria na parte de baixo, recém construídas, sem acabamento, sem cor, com uma puta falta de vida, carregado com o cinza da triste transição.

Em meio a essa bagunça toda, vimos suntuosos templos budistas. Cheio de dourado, onde tentamos nos relembrar da espiritualidade local...

Luang Prabang, aí vamos nós!